Quando assistimos a telejornais, deparamos com narrativas que remetem a produções novelescas. A cada novo capítulo de acontecimento envolto em emoção, mais e mais elementos da trama aguçam a curiosidade do público ávido por espetáculo.
Na sociedade do espetáculo, a avidez por novidades tem a ver com mentalidade consumista que necessita de contínua reposição. Como nem sempre se consegue algo novo para seguir a audiência, proliferam boatos, fofocas, fake news.
Fake news são escritas e publicadas com intenção de enganar, a fim de obter ganhos financeiros ou políticos, através de manchetes atraentes ou especialmente fabricadas para aumentar o número de espectadores ou leitores.
Pesquisadores do Instituto Tecnológico de Massachussets (MIT) descobriram que o principal responsável por compartilhar fake news é o cidadão comum. Descompromissadas com a verdade, podem ser emocionantes.
Enganos funcionam como correia de transmissão de incompreensões, antagonismos, até mesmo ódio entre as pessoas. Em pleno ano de eleições, notícias falsas configuram uma nova realidade política: pós-verdade.